terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Das noites douradas...



(imagem da internet)





Tempos de sutilezas,
De passos aveludados de volta a nascente
Sempre pelas margens opostas
Na falsa calmaria de olhos que não se olham
Mas respiram a mesma luz enfeitiçada por Gaia
Tempos de tempo,
Da longa dança dos desejos descalços
Em uma coreografia sem sombras
Da vagarosa escalada das montanhas sobrepostas
até tocar nas mãos do céu



(Wania)







   


7 comentários:

  1. De sutilezas e belos versos se preencham seu 2014, amiga. Beijo e um Feliz Ano Novo!

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    1. Celso, meu amigo querido!
      Quanto tempo, muito bom te ver por aqui de volta e, com certeza, de volta à blogosfera!

      Que assim seja 2014!
      Um ano cheio de realizações em todas as áreas pra ti!

      Bj grande

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  2. Querida Wania,

    Belíssimo poema! Uma preciosidade! Me encanta a cumplicidade lúdica que tens com as palavras.
    Desejo a você minha amiga e a todos os seus entes queridos um Novo Ano de muito amor, paz e alegrias.
    Grande abraço! : )

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    1. Obrigada, Elaine!

      Tuas palavras são sempre um incentivo!
      Tuas leitura e presença por aqui me deixam muito feliz.

      Um Ano Novo iluminado pra ti e os teus também, minha amiga.


      Super bj :)

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  3. Teu poema é de uma delicadeza admirável, feminino e, como tal, contém mistérios embutidos em metáforas que só mesmo tu conheces o sentido.

    Coreografia de desejos descalços na pele da Terra é uma imagem que só pode se filtrar através de grandes sensibilidades, envolvida que é em mitologias saídas da mística mais feminina.

    O dístico final lembrou-me a divisa da minha antiga escola de aviação e, adaptando-o, posso dizer-te: "Macte animo generose Wania sic itur ad astra!"

    Longa vida a ti e às tuas letras, minha querida Waniá, um grande beijo com carinho.

    André

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  4. Querido André!

    Certamente, se este mesmo poema fosse escrito por um homem, ele teria o teria captado por uma outra ótica!

    Na dança dos desejos descalços: na contemplação do momento, na busca do Eu no outro e o encontro com a Divindade interior de cada um, tornam estas noites muito mais douradas do que já são!
    As metáforas, como tão sabiamente captaste, surgem na coreografia do improviso, mudando a cada nova dança! E é na comunhão maior do momento que a Terra toca o Céu!

    La poésie est mort! Vive la poésie! :)

    Plein de bises et des étoiles,
    Waniá

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  5. Longa essa dança em que o desejo se desnuda mais que se descalça! Falsa, essa calmaria de olhos tempestuosos de paixão que não se olham, e contudo o cheiro dos redemoinhos está no ar! Vastos e vagarosos esses tempos de tempo em que as montanhas sobrepostas se aninham! E isto tudo é paixão. E tudo isso, amor. Belo. Muito belo. Beijosssss

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"Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes..."
(Cecília Meireles)

Que bons ventos te tragam mais vezes!