Ele tinha 14 anos. Sentava na última fila. No fundo da sala de aula sentam os misteriosos. Aqueles que nunca fazem o tema ou estudam para as provas, eles precisam de tempo para desenvolver seus mistérios. Ele tocava violão de ouvido. Violão era o "RedBull" daquela época: te dava asas enquanto todos os outros guris só caminhavam! Ele jogava botão, jogava botão muito bem! Se os botões vestissem camisas ele seria o camisa 10 dos jogos de mesa...
Dez...meus olhinhos brilharam. Eu quero este dez pra mim! Este era o pingente que faltava para adornar o meu colar!
Tornei-me expert em jogos de botões. Daquele dia em diante todos os meus recreios se passariam ao redor de uma mesa de jogo. Que chatice aquelas partidas, mas a cada gol eu gritava com a mesma adrenalina de quem desce uma montanha-russa.
Ele me notou. Ele veio conversar comigo. Nós não paramos mais de falar um com o outro. Ele sempre me ensinando a jogar e eu nunca aprendendo para não perder o professor. Ele tocou para mim na saída da aula enquanto eu esperava minha mãe me buscar. Como eu rezei para o carro estragar, o pneu furar ou ela me esquecer na Escola naquele dia. Jurei que não teria nenhum trauma por isso. Ele sempre voltava a pé para casa!
Ele começou a faltar às aulas. Emagreceu. As maçãs do seu rosto devem ter caído de maduras. Ele raspou os cabelos. Continuamos conversando, mas nunca perguntei o que ele tinha. Ele desinteressou-se pelos botões. Precossemente, aposentou-se da música. Amadureceu num corpo verde de menino.
Passou 20 dias sem aparecer na Escola. Todos os dias a minha curiosidade apostava corrida com a tristeza, mas naquele dia, por fora veio a coragem e venceu. Levantei-me e fui perguntar a professora a resposta que eu já sabia. Porque eu não lhe avisei que a vida não era um adversário fácil. Marcou o único gol contra de sua carreira.
Dez...meus olhinhos brilharam. Eu quero este dez pra mim! Este era o pingente que faltava para adornar o meu colar!
Tornei-me expert em jogos de botões. Daquele dia em diante todos os meus recreios se passariam ao redor de uma mesa de jogo. Que chatice aquelas partidas, mas a cada gol eu gritava com a mesma adrenalina de quem desce uma montanha-russa.
Ele me notou. Ele veio conversar comigo. Nós não paramos mais de falar um com o outro. Ele sempre me ensinando a jogar e eu nunca aprendendo para não perder o professor. Ele tocou para mim na saída da aula enquanto eu esperava minha mãe me buscar. Como eu rezei para o carro estragar, o pneu furar ou ela me esquecer na Escola naquele dia. Jurei que não teria nenhum trauma por isso. Ele sempre voltava a pé para casa!
Ele começou a faltar às aulas. Emagreceu. As maçãs do seu rosto devem ter caído de maduras. Ele raspou os cabelos. Continuamos conversando, mas nunca perguntei o que ele tinha. Ele desinteressou-se pelos botões. Precossemente, aposentou-se da música. Amadureceu num corpo verde de menino.
Passou 20 dias sem aparecer na Escola. Todos os dias a minha curiosidade apostava corrida com a tristeza, mas naquele dia, por fora veio a coragem e venceu. Levantei-me e fui perguntar a professora a resposta que eu já sabia. Porque eu não lhe avisei que a vida não era um adversário fácil. Marcou o único gol contra de sua carreira.
aaaaah, Wania
ResponderExcluirera esse o texto sobre paixão-amor que deveria ter saídolá,não?
+1 beijo