terça-feira, 7 de abril de 2009

Hoje palpamos a poesia...


Cor de caramelo....
Bilhetes...
Duas voltas completas...
Fotografias antigas...
O crepúsculo enferruja quando noite fica ácida...
Quando me enrosco no teu pescoço...
Faltei a aula pela morte de um amigo...
Eu deixei de falar de Deus...
Falei demais até a língua dormir...
Dois suspiros fundos e um breve...
Quando abana o rabo...
Cachecóis, casacos e sonhos...
Deixando a chuva cair...
Rezo e dou 3 pulinhos...
Marca encontro sem data...
Minha barriga...
O sal fica no espelho...
Na gaveta dos sonhos...
Um leão...
Quando o sapato aperta ...
No barbante preso na maçaneta da porta....
As formigas carregam as migalhas da rotina...
Um verme morto de fome....
O cheiro de terra molhada....
Lendo um romance...
Quando ele me faz rir...
Prosa e verso...
O pai da neve é o avô do vento...
No gancho descança a colher de pau depois do almoço feito...
Dobro o corpo para estender a mão...
Quando o dia amanhece...
Num chapéu velho plantaria flores...
Já trincou de velho...
O vitral empresta sua cor para a cena...
Chuva...
Dente...
O erro foi meu...
Meus pais são uma casa de madeira...
Laranjas se apagam quando alimentam pássaros..
Tira-se água de violão deixando a tristeza chorar...
O serrote toca quando o apito da fábrica acompanha...
A chama prende seus cabelos grisalhos num coque atrás da nuca..
Maldade feita com bondade mata sem sujar as mãos...
Bondade feita com maldade é um copo de veneno em cima do piano...
A primeira vez abri 4 botões apressadamente...
O melhor diálogo e eu comigo mesmo...
Eu escondo na parte de cima do meu guarda-roupa o que serei no inverno...
A queda na infãncia me deixou um alinhavo no rosto....
Pisar em vidro é chorar duas vezes...
Mais grave que pisar em palavras é guardar para vomitá-las depois...
A solidão nunca termina quando encontra uma irmã...
Embaixo da mesa o mundo é invertido...
Uma toalha de mesa não é lençol porque não tem o cheiro dos nossos corpos...
Ele nunca entendeu o que eu não quis dizer...
A cadeira de balanço não gosta do barulho do mar...
O que prova que eu vivi é o rastro das minhas pegadas na vida dos meus filhos...
A indiferença destrói o amor...
Nunca mais encontrei o broche de marcacita...
O quintal cheio de margaridas...
A falta que minha vó me faz aos domingos...

7 comentários:

  1. Ei Wania! Qta sensibilidade...Amei!
    Passe la em casa depois e pegue um selingo que fiz pra ti. Bjos,

    Gil

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  2. lindissimo post, gostei daqui.
    Tenha uma feliz Páscoa
    Maurizio

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  3. Oi, Maurizio
    Obrigada pelas palavras e pelo carinho!

    Sempre bem-vindo aqui!
    Volte sempre.
    Uma Páscoa muito doce pra você também!
    Bjs.

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  4. Lindo o teu texto a tua sensibilidade o carinho que empregas no que fazes... adorei imenso.
    Bjs grandes em ti amiga,
    Nuno

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  5. Obrigada Nuno...
    Veio mesmo do fundo d'alma!!!!
    Um bj carinhoso pra ti.

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"Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes..."
(Cecília Meireles)

Que bons ventos te tragam mais vezes!