terça-feira, 28 de abril de 2009

Silêncio...




A casa emudecia quando meu avô chegava...
Enrolavam-se as línguas como os tapetes em dia de faxina!
Jantávamos, pontualmente, às 20h.
Ele sentava-se na cabeceira da mesa e ninguém mais levantava.
Olhava-se só para os pratos.
Sabor nenhum.
Um dia ele não voltou para casa.
Os tapetes nunca mais saíram do lugar.
Jantamos às 23h...
Todos na cozinha, ao redor do fogão!


2 comentários:

  1. que lindo isso..tu está cada dia mais poetica!
    bom te ler
    beijo

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  2. Obrigada, Nadia...
    Bom te ver por aqui tb!
    Bjs e bom findi!

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"Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes..."
(Cecília Meireles)

Que bons ventos te tragam mais vezes!